História

Características

• CCD com 2.1 MP.
• Zoom óptico 10x, zoom digital 2x.
• Gravação de vídeo com som.
• Suporta JPG, GIF, TIFF e MPEG.

Funcionamento da câmara digital

Captura

A imagem é capturada através de diferentes ondas electromagnéticas com comprimentos de onda no espectro do visível, que são capturadas por um sensor composto por um chip de silício. Este sensor, exposto à luz que se pretende capturar, é composto de fotodíodos. Os fotodíodos são áreas do chip que têm transístores que reagem à exposição à luz, convertendo-a em electricidade na proporção da luz capturada.

Para diferenciar as cores, os fotodíodos são cobertos por um filtro. O filtro mais popular é o mosaico de Bayer. O mosaico de Bayer é composto por quatro mosaicos de quatro filtros, cada um com um filtro para o vermelho, dois para o verde e um para o azul.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O verde tem um filtro a mais que as restantes duas cores devido ao facto que os olhos humanos são mais sensíveis ao verde – o seu comprimento de onda está no meio-termo entre o azul (mais curto) e o vermelho (comprimento de onda maior).

Estes sinais passam por um conversor analógico-digital, que atribui um valor em bits à intensidade eléctrica recebida. Tipicamente são usados 8 bits para cada canal de cores, mas máquinas fotográficas mais avançadas capazes de guardar fotos em formato RAW podem usar 12 ou 14 bits.

 

As 4 cores são então interpoladas num valor RGB através de funções matemáticas e algoritmos complexos. Estes variam de fabricante para fabricante.

Processamento

Devido ao facto que a imagem capturada pelo sensor não corresponde à imagem capturada pelo olho humano, é preciso processar a imagem antes de a armazenar. Os dados obtidos serão então alvo de:

• Balanço de brancos (White balancing) – correcção das cores da fotografia de modo a representar os brancos da forma mais precisa. É preciso ter em conta a temperatura a que as fotos são tiradas, de forma a que estas não tenham uma tonalidade demasiado azulada ou alaranjada.
  

  

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

• Correcção de cor – aproxima a cor obtida pelo filtro à cor que é vista pelo olho humano.
• Correcção anti-aliasing – Aliasing acontece quando diferentes sinais se tornam indistintos e o sensor os captura juntos, criando um efeito chamado ‘padrão moiré’. Um filtro de anti-aliasing ajuda a prevenir este efeito. Em adição, o anti-aliasing reduz a pixelização da imagem, resultando numa imagem mais suave e próxima do que é capturado pelo olho humano.

  

  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

• Compressão – por uma questão de comodidade, as fotos são convertidas para formato JPEG antes de serem armazenadas, no entanto também é possível guardar as fotografias em formato RAW.

O que são ficheiros RAW?

Ficheiros RAW guardam a imagem tal como o sensor a capta, não sofrem qualquer tipo de processamento referido acima e a compressão é sem perdas e por isso ocupam muito mais espaço do que ficheiros JPEG. Além disso, RAW é um formato proprietário, o que significa que só pode ser aberto em certos programas. No entanto, contém um maior número de combinações de cores possível (mínimo 8 bits, normalmente 12 ou 14 bits por cor, enquanto que JPEG tem exactamente 8), maior alcance dinâmico (Dynamic Range) e guarda todas as definições da câmara, o que significa que a imagem em si não é modificada e que é possível reverter as definições aplicadas na câmara, caso estas não tenham sido as mais acertadas. Utilizando um programa como Photoshop ou Lightroom é possível ajustar a cor, a exposição e a nitidez com um maior grau de controlo, permitindo obter fotos impressionantes. No entanto, isto requer trabalho manual, pelo que o utilizador casual deverá optar pelo processamento automático da câmara e compressão em JPEG.

 

Podemos ver abaixo um exemplo de uma fotografia em formato RAW inalterado, depois da alteração, e por fim o processamento em JPEG.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Apesar de não haver nada de errado com o JPEG, o pós-processamento da imagem capturada em RAW permite ter muito mais detalhe, como se pode observar nas sombras, e mais riqueza nas cores.

Armazenamento

Antes da imagem ser escrita em memória de armazenamento é primeiro escrita em memória de buffer, que é uma memória rápida e que permite que a câmara consiga tirar fotos mais rapidamente. Sem o buffer seria preciso esperar mais tempo antes de poder tirar a próxima foto e buffers maiores permitem aquilo a que se chama ‘burst mode’, ou modo de rajada, normalmente usado simplesmente ao manter premido o botão do obturador.

O buffer pode estar localizado antes ou depois do processamento da imagem. Se estiver antes, os dados RAW são escritos directamente no buffer. Os dados são então processados e escritos posteriormente em armazenamento. Se estiver depois, as imagens são processadas e convertidas para o formato final antes de serem colocadas no buffer. Se reduzirmos o tamanho final das imagens, podemos aumentar o número de fotos que podemos tirar de seguida antes de encher o buffer. No entanto, câmaras de topo de gama conseguem tirar fotos sem abrandar a velocidade até o armazenamento estar completamente cheio.

Não se pode subestimar a utilidade de uma câmara que pode tirar várias fotos de seguida a alta velocidade: não só a sua utilidade é mais notável quando o sujeito da fotografia está movimento, como é o caso nos desportos, como a diferença de meras fracções de segundo podem diferenciar uma boa foto de uma foto verdadeiramente espectacular.

Uma vez armazenadas, as fotografias estão prontas para serem visualizadas, partilhadas, editadas ou apagadas, se não corresponderem às expectativas do fotógrafo.

 

Para mais informações sobre o funcionamento da câmara digital, visite http://sabercomlogica.com/pt/ebook/de-analogica-a-digital-o-photosite/